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“Quando você encontra propósito, você percebe como fazer um impacto positivo no mundo”, enfatiza Gary Bolles, ao falar sobre o futuro do trabalho

por:

Caroline Verre

Caroline Verre

Uma das temáticas mais faladas na 9ª edição do Executive Program estava aliada às questões dos trabalhadores. O medo que se paira sobre a aplicação da inteligência artificial ainda ultrapassa as realizações e a maneira com que podemos ser beneficiados por esta nova tecnologia.

Por isso, Gary Bolles, especialista em Futuro do Trabalho pela SingularityU, destacou o quanto o papel de um bom líder é fazer com que seus colaboradores consigam enxergar esta ajuda. O “tsunami silencioso de IA”, como o próprio especialista nomeia, já está transformando cada um de nós e seu painel é ajudar todos os presentes a entender como aproveitar estes grandes avanços tecnológicos.

Mas isso não é uma responsabilidade do trabalhador. Gary destacou o quanto há a necessidade de treinamento, para que os mais habilidosos continuem com seus espaços e se aproveitem deste maquinário para operacionalizar algumas de suas ações.

Reconhecer a necessidade de uma liderança é colocar clareza na questão de governança, afinal, um líder não é necessariamente um gestor de área. Por isso, há todo um trabalho dentro de uma organização, dos conselheiros até os gestores de time, para proporcionarem diretrizes que encabecem este tipo de característica.

De início, o especialista em futuro do trabalho destacou que o ponto mais importante neste momento histórico é entender como aliar esta tecnologia exponencial ao trabalho, entendendo onde ocorrerão as substituições e como podemos ter trabalhadores que se utilizem de seus manejos.

É um trabalho que existe visão e percepção do que pode ocorrer. Por isso, Bolles dedicou seu tempo a mostrar que a I.A continuará dependente de nossa habilidade (skill) e, por isso, saber se utilizar dela será um diferencial. Ao mesmo tempo, precisaremos retornar aos propósitos e principais questões focais do nosso trabalho, com um propósito e objetivo claro, pois não podemos nos perder mais do que já ocorre.

Simultaneamente, Gary retoma a visão individual para falar sobre a necessidade de compreender a flexibilidade do trabalho. As lideranças precisam entender que há uma gama de atividades que não precisam necessariamente serem feitas no mesmo lugar e ao mesmo tempo. Em linhas gerais, o expert em Futuro do Trabalho mostra como há maneiras de fazer um trabalho, que não tem as mesmas preocupações, necessidades e atribuições.

Por isso, antes de tudo, é necessário ter um entendimento mútuo de execução e também saudável. Uma reunião pode acontecer online – ou até se tornar um e-mail -, enquanto uma demanda pode ser assíncrona em sua cadeia de produção, em lugares totalmente diferentes.

Isso é mais do que empatia: é cuidado de entender o outro. Afinal, mesmo que haja um objetivo coletivo, quando falamos de propósitos, há as características privadas. Cada ser individual tem suas necessidades e desejos, por isso, o papel hoje é compreender como isso pode ocorrer e a produção continue. Afinal, um indivíduo saudável é também um ser que continua com sua boa execução.

Esta é uma das principais regras que o mundo dos negócios precisa priorizar neste momento, segundo Bolles. Junto a isso, é necessário compreender qual a cadeia de governança que se cria na organização, a função transparente de cada um, a continuidade das diretrizes, o pensamento de crescimento e utilização das tecnologias exponenciais, enquanto há o adaptive skillset: a maneira na qual as gestões precisam entender a diversidade e peculiaridade das necessidades de cada um.

Quais são os próximos passos que deveremos ter?

A principal ação é compreender e destrinchar cada um dos elementos mencionados na organização. Nesse sentido, entender qual o foco de desenvolvimento que será dado (seja ele de mindset, de habilidades ou de tecnologias) e procurar o crescimento na sua empresa.

Ao mesmo tempo, criar regras de trabalhos flexíveis e que consigam cooperar mutuamente. A IA ajudará na operacionalização, por isso, Bolles destaca a necessidade de reconhecer a maneira como cada um dos colaboradores trabalham e tirar o melhor desta situação, definindo seus principais pontos de função.

Outra questão é definir e trabalhar com problemas, como uma maneira de antecipar e prever situações que podem não ser benéficas. Com essa precaução, a organização consegue diminuir seus danos e ter ações prontas para os acontecimentos possíveis. Com isso, junto ao treinamento e motivações dos times, o crescimento pode ser efetivo e as mudanças podem acontecer sem que a organização passe por uma tormenta desnecessária.

“Sempre há oportunidades e precisamos entender como fazer deste uso para que mais humanos consigam trabalhar com um bem-estar, assim o poder se transformará em solução”.

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