John D. Mayer, um renomado psicólogo norte-americano e professor da Universidade de New Hampshire, afirma que existem muitas definições de inteligência emocional. A dele, em especial, é: “Habilidade de percebermos com precisão as emoções, acessá-las e gerenciá-las de modo a auxiliar o pensamento, a compreender as emoções e o conhecimento emocional e a regular as emoções de modo a promover o crescimento emocional e intelectual”.
De acordo com os estudos que a Artinsight tem realizado, baseados também nas pesquisas de Daniel Goleman, chegamos à conclusão de que um bom comunicador deve ter as cinco competências que fazem parte da personalidade de pessoas emocionalmente inteligentes. São elas: a empatia, a autoconsciência, a capacidade de gerenciar emoções (ou controlar impulsos), a automotivação (persistência) e as habilidades sociais. A autoconsciência é a capacidade de saber o que estamos sentindo nas diversas situações de nossas vidas. É saber responder a perguntas como: o que estou pensando?
A capacidade de gerenciar emoções (também definida como controlar os impulsos) é o estágio seguinte ao da autoconsciência. Uma vez ciente do que se passa em sua cabeça e dos sentimentos que tendem a mover suas ações, você pode aprender a comandá-los. A automotivação (ou persistência) é a capacidade de se manter engajado em uma atividade ou propósito, independente dos estímulos – ou desestímulos. As habilidades sociais resumem-se à facilidade de transitar e interagir com pessoas de diferentes grupos. Em uma conversa com alguém que tenha essa característica, a tendência é sairmos nos sentindo melhor, em função das conexões que se estabelece mesmo em uma conversa rápida.
Inteligência emocional e o Mindfulness
A inteligência emocional pode ser desenvolvida e aprimorada por meio de técnicas como a de Mindfulness. O estado de atenção plena (tradução mais comum para o termo) é a base dessa inteligência. De acordo com a desenvolvedora humana e cofundadora da Artinsight, Tatiana Vial, “se nós pegarmos todos os pilares da inteligência emocional, nenhum deles pode acontecer caso a pessoa não estiver em estado de atenção plena. Trabalhar Mindfulness já significa trabalhar a inteligência emocional. Se levarmos a inteligência emocional para a comunicação, ela traz também uma inteligência de se comunicar com o outro, de estabelecer uma comunicação eficaz. Alguns aspectos da inteligência emocional dizem respeito à inteligência comunicativa”.
Sabrina Mello, também cofundadora da Artinsight, afirma que “devemos nos lembrar que se a inteligência emocional é uma inteligência, ela pode ser desenvolvida. Se você não for bom em matemática e começar a estudar, provavelmente você melhorará nessa disciplina”.
É fato que nós precisamos fazer grandes esforços para nos desenvolvermos em algumas áreas de nossas vidas que desejamos nos aprimorar, sejam elas pessoais ou profissionais. Diversas pessoas estudam línguas desde muito cedo, pois desejam se aperfeiçoar em determinados idiomas. Alguns começam a correr alguns minutos na esteira para depois de poucos meses poderem participar de uma maratona. Por que, então, ignorar a inteligência emocional, se trata-se de uma ferramenta útil para encurtar o caminho rumo ao sucesso profissional?
Daniel Goleman afirma: “As emoções são contagiosas. Todos sabemos disso por experiência. Depois de um bom café com um amigo, você se sente bem. Quando encontra um balconista rude em uma loja, se sente mal”. Vamos aprender a dominar nossas emoções? Afinal, elas são contagiantes.
Sabrina Mello, consultora parceira da HSM.