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“Um conselho efetivo é igual uma orquestra: você quer que diferentes instrumentos façam juntos um barulho harmonioso”, destaca sócio da Heidrick & Struggles

por:

Caroline Verre

Caroline Verre

Precisamos insistir em uma coisa que às vezes não parece tão clara, mas: a mudança, o futuro, as transformações e os próximos passos só poderão ser dados caso a governança esteja aliada a todos os processos existentes. Em diversas oportunidades, com grandes profissionais de empresas grandes do Brasil e do mundo, escutamos o quanto o impacto depende primeiramente da estrutura e da diretriz que precisa ser tomada.

Isso não foi diferente na 10ª edição do Digital On Board. Na tentativa de continuar o trabalho inovador de clarear quais os processos que estão mudando neste mundo cada vez mais digital, o programa insistiu em trazer panoramas para o cuidado com as diretrizes de governança que precisam ser tomadas.

E cada vez mais isso vai se intensificar.

As condições climáticas, responsabilidades sociais e sustentáveis e impactos positivos na sociedade estão cada vez mais fazendo pressão diante estas decisões que precisam ser tomadas neste momento histórico. Estamos na iminência de diversos tipos de tecnologias exponenciais se estruturarem na nossa experiência e precisamos decidir de que maneira isso vai acontecer e se será para o nosso bem.

É o ponto crítico que Markus Wiesner tocou nesta tarde de sexta-feira (06/10) no Learning Village. O especialista em tendências globais em conselhos trouxe esta perspectiva de repensar as estratégias que estão sendo adotadas.

O ponto maior não é apenas a pressão que um conselho sofre e que cada vez mais aumenta: se trata de entender o que está se tornando necessidade.

Nesta Era da Digitalização, cada vez mais presenciaremos transformações disruptivas e inovadoras que vão modificar algumas regulações. Inteligência Artificial regenerativa já está abrindo caminho para a quântica; os carros elétricos procurarão ser autônomos e garantir uma qualidade de vida com a locomoção; as energias verdes se tornarão cada vez mais importantes na batalha contra a poluição; e cada vez mais teremos as necessidades de compreender a complexidade do mundo além da perspectiva do homem.

Então, o cenário de incerteza regulatória acontecerá. A preocupação quanto ao que foi mostrado depois da Covid-19 ainda se sustenta e não é apenas uma relação com o trabalhador: o valor social do trabalho está mudando e cada vez mais os gestores precisam entender que não se trata de apenas um “favor” dar emprego, como destacou Markus.

Além disso, é necessário compreender o próprio conselho nesses próximos anos: os riscos éticos com as mudanças e responsabilidade social; e, principalmente, suas disfuncionalidades com o novo mundo que não pertence mais a um padrão exclusivo social.

Como dar conta disso? A resposta de Markus pode ser simples, mas sua execução exige muito cuidado e extremo esforço. Porque, para o especialista, tudo isso tomará corpo na discussão, no conflito, nos estranhamentos e no acolhimento.

A transformação vai exigir diferenciamento e situações que não são tão naturais, por isso o diálogo é tão importante para entender tamanha complexidade que cada vez se faz presente em nosso cotidiano e parece chegar no futuro.

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