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A uberização e o fim do emprego CLT

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lbrito

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[vc_row][vc_column][vc_column_text]Ainda que não haja consenso sobre o significado do termo, tenho ouvido muito sobre a “uberização” das coisas. Do ponto de vista de marketing, ótimo para o Uber que virou referência pra tudo. Mas quando penso de forma mais ampla, uma questão que me intriga é: além de causar disrupção em alguns mercados, de que forma esse movimento afetará o mundo do trabalho tradicional? Minha crença é que o impacto será tão grande que o “emprego CLT” pode estar com seus dias contados. Exagero de minha parte? Bom, vamos às evidências.

Além dos famosos (e gringos) aplicativos, como Airbnb e Uber, outros tantos surgem a cada dia, inclusive aqui no Brasil. Com o Singu, por exemplo, contratar um serviço de manicure em casa ficou muito mais simples. Já com o Dinneer, você pode escolher o cardápio e jantar na casa de um anfitrião que se dispõe a cozinhar para você (e a receber por isso, é claro). E todos seguem a mesma fórmula: conectam, por meio de uma plataforma, pessoas que desejam determinado serviços com outras que desejam oferece-los.

A uberização facilitou a vida de profissionais liberais e das pessoas que desejam ganhar uma grana extra nas horas vagas. Mas o que nos impede de uberizar gerentes de projeto, administradores ou analistas financeiros? Poderia parecer improvável se isso já não estivesse acontecendo com algumas profissões, como designers, desenvolvedores e tradutores. A plataforma Yandiki, cuja a empreendedora tive a oportunidade de conhecer em um curso que fiz em Stanford, está aí para provar isso. Precisa contratar um time criativo para um projeto? Acesse www.yandiki.com e pronto!

E a Yandiki não está sozinha. Com uma rápida pesquisa no Google é possível encontrar vários sites que oferecem serviços de profissionais de todos os tipos: workana, fiverr, 99freelas, prolancer, nearjob..a lista é grande!

Há quem diga que as empresas tradicionais nunca vão aderir a este tipo de contratação pois os desafios de um analista financeiro, por exemplo, são diversos e contínuos, portanto a remuneração mensal faz muito sentido. Por um outro lado, no mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo (acrônimo VUCA, em inglês) que vivemos, cada vez mais teremos que lidar com projetos de curto prazo e trabalhar com times multidisciplinares. Neste contexto, parece fazer muito mais sentido contratar especialistas que são remunerados por suas entregas e resultados, não?

Essa transformação já está ocorrendo em alguns setores, ainda que a nossa famigerada CLT não consiga suportar estas novas relações de trabalho. Acredito que chegará um tempo onde cada profissional será um empreendedor individual e venderá seus serviços por meio de plataformas tecnológicas. Me parece um caminho sem volta. E, se isso acontecer de fato, a carteira profissional virará artigo de museu.

Gabrielle Teco, executiva de Marketing & RH   Linkedin

Jornalista de formação e curiosa por convicção, escrevo e palestro sobre coisas que me interessam: de alimentação saudável a empreendedorismo, pois essa diversidade me instiga e diz muito sobre mim. Técnica em nutrição, pós graduada em marketing, trabalhei por quase 10 anos em startup, passei pelas melhores universidades do país e já vivi uma experiência incrível em Stanford. A real é que a vida é um mundo de possibilidades. Restringir pra que?

Nota do Editor: Em maio, teremos o HSM Summit – Leadership & Innovation com a participação de Guilherme Telles, General Manager da Uber no Brasil. Para mais informações clique aqui.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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