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Rock in Rio Academy: o Live Case Study do maior festival de música e entretenimento do mundo

por:

Caroline Verre

Caroline Verre

No dia 6 de setembro, a Cidade do Rock foi palco para um dia de aprendizado ao vivo, com uma imersão nos bastidores do Rock In Rio com formato Live Case Study. Voltado para a capacitação de equipes de alto desempenho com conteúdos práticos e de fácil aplicação em qualquer segmento do mercado, o Rock in Rio Academy, fruto da parceria entre Rock in Rio e HSM, contou com 10 horas de conversas inspiradoras.

A programação se dividiu em três momentos: Sonhar para a Reinvenção do Negócio, Excelência na Construção de Valor Junto ao Ecossistema e Transformação Digital da Experiência e Inteligência de Dados.

Sonhar para a Reinvenção do Negócio

Figura carismática e fundamental na construção de um dos maiores festivais do mundo, o CEO do Rock in Rio, Luis Justo, falou sobre a importância da cenografia no contexto e experiência no festival.

Por meio de um tour virtual dos diferentes palcos e cenários da edição 2022, ele apresentou como a cenografia é pensada para proporcionar diferentes experiências e formas de comunicar a presença de marcas parceiras.

“O RiR acontece a cada dois anos justamente para conseguirmos conceber a experiência. É um exercício de um ano de planejamento e um ano de execução. O processo de aprendizado não acaba quando os portões se fecham, cada um relata tudo o que não funcionou ao final do festival e essa abertura para escutar o que não deu certo é o que garante que a cada edição a geste esteja melhor“, afirmou Justo.

O diretor artístico Zé Ricardo apresentou o painel “Criatividade e Diversidade Cognitiva”. Para sua apresentação, Zé Ricardo abordou a importância de darmos voz à expressão artística e os contextos que viabilizem a criatividade, bem como o caminho traçado pelo Rock in Rio para criar contextos favoráveis à diversidade cognitiva.

E sua visão se debruça em três principais conceitos:

1- O poder da diversidade dentro de você
Você tem o poder de escolher evoluir ou seguir atrofiado pelos conceitos do passado

2- Diversidade cognitiva nas empresas e organizações
Criar mecanismos que incentivem e viabilizem a ampliação de consciência de seus colaboradores a partir de valores compatíveis com o nosso tempo

3- Escuta ativa para ampliar a diversidade cognitiva do público
O humano é diverso e singular, a aceitação da pluralidade não deve ser um diferencial, mas a premissa básica

Excelência na Construção de Valor Junto ao Ecossistema

A Vice Presidente Executiva do RiR, Roberta Medina, abriu o segundo momento do evento falando sobre a proposta sustentável do festival. “RiR é neutro em carbono há 16 anos. Nunca foi por obrigação, sempre foi uma preocupação voluntária, por convicção de que é o certo a ser feito“, contou chamando ao palco a estrategista em iniciativas que geram impacto positivo na sociedade, Denise Chaer, e a Head de Global Cultural Branding da Natura, Fernanda Paiva, no painel “O Entretenimento como Linguagem para Furar Bolhas”.

Fernanda Paiva apresentou como a Natura se vê dentro do contexto do RIR: não em uma simples ativação individual de marca, mas como uma organização conectada à visão do festival a partir de uma estratégia ampla de marcas.

Como a Natura enxerga os benefícios na percepção de valor de marca e os impactos positivos por fazer parte do RIR? Para Paiva, a arte como linguagem mobiliza e permite que novas iniciativas surjam; a cultura fomenta a geração de novas redes, economias e inovação à marca; e o diálogo possibilita que denominadores em comum sejam encontrados. Segundo ela, o festival possibilita que o público se perceba como uma extensão da natureza e que a Amazônia seja uma pauta para além do imaginário de um local explorado, degradado, sem pessoas.

“Criar imaginários a partir de uma nova linguagem, mobilizar redes criativas locais e criar comunidades de interesse e engajamento, essa é nossa busca aqui na Cidade do Rock. O RiR traz a oportunidade de alavancarmos causas“, compartilhou.

Denise trouxe um importante questionamento: por que falar de propósito no contexto do entretenimento é algo tão importante nos dias de hoje? Abordando como o espaço Nave permite pensar essa conexão e esse modelo de criação de valor, Chaer trouxe a perspectiva de plataforma e de colaboração como estratégia de marca.

“Não deem briefings engessados para produtores de projetos como esses, caso contrário estaremos lidando somente com prestação de serviços. Para novas narrativas e novos modelos verdadeiramente imergirem, precisamos romper com esse modelo de colaboração em que uma pessoa branca dá a palavra final de dentro de um escritório na Faria Lima“, provocou.

No painel “Os Desafios e as Oportunidades da Prospecção de um Projeto Sedimentado x Uma Ideia que Ainda não Saiu do Papel”, Rodolfo Medina, Pratrícia Donato e Renata Guaraná bateram um papo sobre o trabalho intenso de prospecção, relacionamento e criatividade colaborativa que se inicia muito antes do festival acontecer.

VP de Marketing e Parcerias do RiR, Rodolfo Medina iniciou o painel dando a tônica da conversa. “Esse é um festival onde as marcas e parceiros fazem parte da entrega. O público interage com as marcas a todo instante. Então, ter a renovação dos contratos com as marcas participantes faz com que elas também possam se aprimorar ano a ano como parceiras e anunciantes, ao passo que ano a ano também vamos melhorando como festival”.

O envolvimento do RIR com as marcas envolve uma série de desafios, pois o grande objetivo é conseguir não só pensar com a cabeça da marca, mas também garantir que a execução do projeto traga valor percebido, fidelizando ela para projetos futuros. “Quando fechamos com uma marca, ela tem mais tempo de uso de comunicação relacionada ao Rock in Rio. Quanto antes a parceria é estabelecida, antes a troca se inicia e as afinidades são encontradas. Relações duradouras são o que mais almejamos com as marcas”, conta a sócia e diretora da Angra Marcas, Patrícia Donato.

Outro desafio é garantir um equilíbrio entre as marcas parceiras. “Nesse sentido todo detalhe faz diferença, pois é preciso manter uma visão ampla do ecossistema de marcas e suas experiências dentro do evento para que nenhuma se sinta desvalorizada em relação à outra“, compartilhou a Diretora de Parcerias do RiR, Patrícia Guaraná.

A transformação Digital da Experiência e a Inteligência de Dados

Por trás dos conteúdos e das experiências que o Rock in Rio proporciona, há uma enorme inteligência de dados. Ela permite transformar sinais, leitura de comportamentos e análise de tendências em conteúdos e experiências, além de orientar as inciativas e decisões em tempo real. E, para o painel “Como o Rock in Rio está Construindo Valor por Meio dos Dados”, Luiz Telles, Gláucia Montanha e Sara Gobbi subiram ao palco.

A audiência deixa sinais a todo instante e esses sinais não há algoritmo que consiga interpretar tão bem quanto o ser humano (ainda). É menos sobre olhar relatórios e mais sobre ter inteligência em conectar os pontos que esses sinais da audiência emitem“, compartilha Gláucia Montanha, Head de Digital Business e Mídia na Artplan. De acordo com ela, usar dados para personalizar experiência do usuário já não enriquece. “Acertar na conversa com o público é o grande lance dos dados“, afirma.

Essa inteligência de dados é feita de forma colaborativa, reunindo parceiros que trazem um expertise voltado para cada momento do trabalho com os dados. Sara Gobbi, Gerente de Growth Marketing do Rock in Rio, e Luiz Telles, Diretor Nacional de Storytelling e Inovação da Artplan, enriqueceram a conversa com mediação da Diretora de Marketing do Rock in Rio, Ana Deccache.

E os desafios operacionais da transformação digital da experiência do público no contexto pós pandemia? Pedro Marques e Juliana Ribeiro falaram a respeito no painel “As Novas Oportunidades e Desafios da Interação Digital”

O case da pulseira ampliou a visão da experiência e nos colocou a frente de uma complexidade enorme, com vários riscos que tivemos que lidar. Inclusive, os desafios com fornecedores ampliou. Mudar o acesso ao festival para o modelo totalmente virtual era o melhor caminho mas foi, sim, um desafio“, conta a Diretora de Ticketing do Rock in Rio, Juliana Ribeiro.

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