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Realidade virtual para ressuscitar o cinema

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[vc_row][vc_column][vc_column_text]No filme “Drácula de Bram Stoker”, de Francis Ford Coppola, o Conde Drácula se encontra pela primeira vez sua amada Mina em uma apresentação do cinematógrafo, o pai do cinema, em Londres. Os espectadores, em êxtase, se espantam com o que veem na tela e chegam a confundir o filme com a realidade.

Vários filmes já abordaram a emoção dos primeiros espectadores de cinema, especialmente ao assistirem o curta-metragem dos irmãos Lumière “A chegada de um trem à estação”, registro real de um trem chegando à plataforma da estação La Ciotat, na França. Muitos se esquivam, com medo de serem atingidos pelo trem.

Se aquelas imagens causaram tanto furor na época, o que dizer da realidade virtual, que coloca o espectador totalmente imerso nas imagens? Essa é a proposta da Nomadic, startup fundada por gigantes da mídia como Industrial Light and Magic (a produtora de George Lucas), Disney e a empresa de games Electronic Arts (EA), entre outras, para ressuscitar as moribundas salas de cinema e os shopping centers, em decadência vertiginosa nos Estados Unidos há alguns anos.

Em uma reportagem da Fast Company (veja aqui) publicada em março passado, o CEO da Nomadic, Doug Griffin, define a empresa como o “kit de montagem Ikea da realidade virtual”. Tudo porque a empresa oferece pacotes que incluem paredes, portas, pranchas de assoalho que em questão de horas se transformam em uma sala de realidade virtual.

A expectativa é a de que o negócio da realidade virtual chegue a US$ 38 bilhões em 2026. O grande diferencial da Nomadic é que o sistema que está sendo desenvolvido permite experiências em ambientes amplos, tanto quanto galpões e armazéns, nos quais os espectadores podem se movimentar por vários ambientes, interagindo com objetos físicos também, ao contrário de outros sistemas em que se fica parado diante de um computador.

Toda essa experiência se baseia no histórico das empresas fundadoras, responsáveis pelo que já foi produzido de mais envolvente na indústria do entretenimento. A mochila e o fone de ouvido são cobertos de sensores de captura de movimento que permitem ao sistema saber exatamente o posicionamento do usuário e como ele se movimenta, assim como é feito com os atores que representam os personagens de desenhos animados e permitem que os animadores criem em cima de uma base real de movimentação humana.

O modelo de negócio da empresa também é inovador: está focado no desenvolvimento de parcerias com os proprietários de lojas e cinemas, loucos por conteúdo novo que faça com que os clientes voltem várias vezes, de preferência com a família toda.

Daí a ideia de criar de um kit modular fácil de ser montado nos mais diversos ambientes, com variações de pisos, paredes e mobília com as quais os espectadores podem interagir enquanto capturam bandidos ou fogem de uma perseguição, sozinhos ou em grupo.

Com quedas cada vez maiores nas vendas devido à concorrência do e-commerce, a Nomadic espera tirar os clientes de casa e enchê-los da mesma adrenalina que assombrou os primeiros espectadores de cinema há pouco mais de 100 anos.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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