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Quando a criatividade encontra a disciplina

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lbrito

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[vc_row][vc_column][vc_column_text]Em uma entrevista exclusiva feita há alguns anos, José Salibi Neto, um dos fundadores da HSM Educação Executiva, perguntou ao pesquisador e premiado autor Jim Collins: o que faz um livro vender milhões de cópias, como aconteceu com os seus? Jim Collins é autor de best-sellers como Empresas feitas para vencer e Vencedoras por opção (HSM Editora), Feitas para durar (em parceria com Jerry Porras, Ed. Rocco), entre outros, que exploram as características das empresas mais valiosas e duradouras do mundo.

Collins compara a escrita de seus livros ao trabalho desenvolvido pela Apple, por exemplo, dizendo que seu trabalho se baseou em uma longa pesquisa científica, que durou mais de cinco anos, e envolveu entrevistas e análise de dados de centenas de empresas. Da mesma forma, os produtos da Apple têm ciência da melhor qualidade por trás de seu bom funcionamento. Tudo isso, porém, precisa ter uma interface amigável: e é o que um texto acessível e a aparência e os recursos visuais do Macintosh aportam para um conteúdo de qualidade.

Basicamente, ao escrever um livro ou desenvolver um produto ou serviço de qualidade, as empresas que se destacam combinam duas características fundamentais: criatividade e disciplina. Dois conceitos que, para Collins, estão longe de serem conflitantes.

O que acontece, segundo ele, é que a criatividade é a habilidade natural do ser humano. Aos 6 anos de idade, explica, somos naturalmente criativos, curiosos, exploradores, e criamos histórias e brincadeiras com a maior facilidade. “Difícil não é ser criativo, é tirar da frente tudo aquilo que nos impede de sê-lo”, afirma em suas palestras. “Ninguém se levanta aos 6 anos de idade e é reconhecido por sua disciplina.”

Portanto, o que exige foco e muito treinamento é a disciplina. Que, quando funciona ao lado da criatividade, amplia e repercute seu alcance.

“Disciplina também não tem nada a ver com burocracia”, explica o especialista. “O objetivo da burocracia é compensar a incompetência.” E também não deve ser confundida com conformidade. Para Collins, a verdadeira disciplina é resultado da clareza de propósitos: “Temos tanta clareza do que é importante que não deixamos ninguém nos tirar do caminho”.

Em seu livro Vencedoras por opção, Collins demonstra que os líderes das empresas que mais se destacaram dentro dos critérios das empresas feitas para durar (que não são, em absoluto, as que tiveram algum grande golpe de sorte) não eram os que corriam mais riscos, os que se mostravam mais visionários ou os que demonstravam mais criatividade. Eram, na verdade, os mais disciplinados, mas empíricos no modo de fazer as coisas e até os mais paranoicos. E, por incrível que pareça, as empresas que chegaram à maior grandeza se transformaram menos em reação ao entorno sempre em mudança do que as do grupo de comparação.

Mais do que tentar acompanhar a velocidade, manter-se fiel ao propósito e desenvolver a disciplina é o que garante seu lugar no futuro.

Nota do editor: Jim Collins, respeitado pensador de management e autor de seis livros que venderam mais de 10 milhões de cópias em todo o mundo, participará da Nova Expo 2016 (transmissão via satélite). Para saber mais sobre o evento clique aqui.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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