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Prevenir para não ter de remediar

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lbrito

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[vc_row][vc_column][vc_column_text]Foi-se o tempo em que os riscos enfrentados pelas empresas eram apenas acidentes de trabalho ou eventuais tempestades que poderiam causar algum tipo de alagamento ou danificar o telhado da fábrica. A área de gestão de riscos cresceu exponencialmente nas grandes empresas, em paralelo com a complexidade dos riscos e dos desafios que se colocam diariamente para os gestores.

Algumas áreas, porém, lidam com riscos tão grandes que já desenvolveram sistemas bastante eficientes, que hoje servem de modelo para outros setores. Imagine, por exemplo, um hospital de alta complexidade, que atende a vários tipos de pacientes, com um staff igualmente diversificado. Para enfrentar o risco dos eventos adversos – que são os erros evitáveis, especialmente humanos, foi fundada em São Paulo recentemente a Fundação para Segurança do Paciente (FSP), uma iniciativa de médicos anestesistas que quer difundir as melhores práticas médicas para evitar ao máximo os eventos adversos. A Fundação replica uma instituição norte-americana similar, Patient Safety Movement, que estabelece protocolos e monitora as estatísticas do setor. Há motivos para isso: os eventos adversos são a quarta causa de mortes na área de saúde nos Estados Unidos, atrás apenas de câncer, doenças cardiovasculares e traumas.

Grandes eventos também são um prato cheio para os riscos. É por isso que risk managment foi um dos pontos focais na organização dos Jogos Olímpicos de Londres de 2012. Não só por causa do tamanho e da complexidade do evento, mas também pelo horizonte de tempo, explica o professor da University de Southampton, Will Jennings, e autor do livro Olympic Risks, publicado em maio de 2012 sobre o trabalho na Olimpíada. “Longos intervalos de tempo significam maior vulnerabilidade a riscos emergentes – ou seja, os perigos com impacto potencial que não são bem entendidos ou facilmente quantificados, ou que surgem como um resultado não previsto de processos disparatados interagindo”, explica Jennings em um artigo para a Harvard Business Review. (leia o artigo na íntegra aqui)

Mas que lições outras áreas podem ensinar para as empresas?

“Uma chave para a gestão de risco eficiente é a capacidade de distinguir entre fenômenos que podem razoavelmente ser antecipados e perigos que são ‘auto-infligidos’, porque poderiam ter sido evitados por um planejamento completo e uma execução cuidadosa”, afirma Jennings no artigo.

Segundo Valter Carneiro, especialista em aviação civil e em Corporate Resource Management (CRM), é preciso entender a cultura do lugar em que se vai atuar. No livro Risco e segurança do paciente, da FSP, que compila várias palestras e conteúdos sobre o tema, ele explica que na área de aviação civil são criados cenários e a equipe de Segurança Operacional trabalha o tempo todo sobre eles para tentar prever os perigos que podem acontecer.

É assim que atuam também as consultorias que trabalham com gestão de risco: na prevenção, de forma a diminuir a probabilidade de ocorrência e, ao mesmo tempo, no desenvolvimento de uma resiliência da empresa, visando criar uma imunidade ao risco e uma rápida recuperação em caso de impacto real.

E tudo isso alimentando o processo de execução, para que a criação e a proteção de valor sejam o resultado desse ciclo constante de melhorias.

Nota do Editor: Nos dias 13 e 14 de junho, acontece a Master Class Valuation & Corporate Finance, com o especialista Aswath Damodaran, professor da Stern School of Business, da New York University. Entre os temas abordados no evento está o risk management. Para saber mais sobre o evento clique aqui.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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