A alta performance tornou-se uma espécie de Santo Graal do mundo corporativo. Enquanto a maior parte das empresas busca novas maneiras de pressionar o desempenho de colaboradores, o neuroeconomista Paul Zak descobriu um ingrediente essencial no desenvolvimento do potencial humano: a confiança.
Zak, que tornou-se mundialmente conhecido pelo estudo “The neuroscience of high-trust organizations”, afirma que a confiança atua como um lubrificante econômico, facilitando as interações sociais necessárias para atingir as metas estratégicas. No dia 4 de novembro, ele apresentará essa teoria ao vivo no palco principal da HSM Expo 2019.
Após passar mais de duas décadas analisando as conexões neurológicas entre liderança e desempenho organizacional, Zak descobriu que empresas com altos níveis de confiança criam um ambiente 74% menos estressante, 50% mais produtivo e 76% mais engajado.
Seus estudos se relacionam diretamente a outros levantamentos feitos por consultorias internacionais. É o caso de uma pesquisa realizada pela PwC, na qual 55% dos CEOs entrevistados apontam a falta de confiança como uma ameaça para as organizações.
Estabelecer as tais relações de confiança, no entanto, continua a ser um desafio para gestores do mundo inteiro. Em resposta a esse desafio, Zak destaca a ligação entre os níveis de oxitocina – apelidada por ele de molécula da moralidade – e a empatia.
A partir de uma linha de pesquisa que rendeu ao neurocientista o apelido de Dr. Amor, ele afirma que quanto maior o nível de oxitocina de uma pessoa, maior é o nível de empatia que ela consegue desenvolver pelo próximo. O segredo para estabelecer conexões profundas, talvez esteja, literalmente, dentro de cada um.