Já pensou como seria se um homem se apaixonasse pela Siri, a assistente digital que interage com você através de seu celular? Pode ser que isso ainda não tenha acontecido com ninguém, mas não arrisco afirmar que não seria possível no futuro.
É exatamente a partir dessa premissa que o filme Her, lançado em 2013, ganhou o público e críticos de cinema. Conta-se a história de amor entre Theodore, homem solitário, e Samantha, a assistente virtual de seu novo computador.
Dublada pela atriz Scarlett Johansson, Samantha é uma inteligência artificial que pensa, sente, filosofa sobre a vida, interpreta o tom de voz de seu usuário, reconhece a personalidade de quem a utiliza, oferecendo momentos de real interação com o usuário.
Quando o filme foi lançado, várias discussões em torno dessa tecnologia foram levantadas. Muitos cientistas acreditavam que criar uma IA com comportamentos tão semelhantes aos do ser humano seria praticamente impossível acontecer. Ou se realizaria num futuro mais distante.
Hoje, cinco anos depois, já existe a tecnologia chamada Inteligência Artificial Emocional, desenvolvida pela cientista Rana El Kaliouby, com o objetivo de entender nossas emoções. Isso pode ser o primeiro passo para que, logo, nossas interações com as máquinas sejam cada vez mais reais e próximas, assim como é retratado em Her.
Por isso, ao analisar o cenário do filme, fazendo um paralelo com o mundo em que vivemos, podemos refletir sobre como a sociedade já tem se relacionado com as novas tecnologias e de que maneira isso pode afetar ainda mais o comportamento humano nos próximos anos.
A tecnologia nos torna mais solitários
Pense na quantidade de coisas que você consegue fazer pelo celular hoje em dia: responder a e-mails, pedir comida, fazer compras no supermercado, mandar mensagem para amigos, ver um filme. Resumindo, naqueles fins de semana chuvosos, você só sai de casa se realmente quiser! Isso acaba afetando diretamente nossa interação com os outros, tornando-nos pessoas mais solitárias e antissociais. Porém só cabe a nós furar essa bolha e encontrar o equilíbrio!
Universos ilusórios, distorção da realidade
A interação cada vez mais próxima e real com as máquinas pode causar certa distorção da realidade, que pode afetar ainda mais o comportamento humano. No filme podemos perceber que, ao se apaixonar por seu Sistema Operacional, Theodore perde o sentido do que é real e o que é ilusão. Esse universo ilusório criado por inteligências artificiais e realidades virtuais pode distorcer a visão de seus usuários, fazendo com que passem a acreditar naquilo que querem, recusando o que é real.
Talvez no futuro, tentar encontrar a linha tênue entre o que é o real e o digital seja o maior desafio de um mundo cada vez mais tecnológico.
O que você pensa sobre isso? Aproveite para assistir ao filme e deixar seu ponto de vista aqui nos comentários!
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