Um trator, um conjunto de amortecedores, uma bicicleta quebrada e algumas peças de ferro-velho. Foi assim que William Kamkwamba, com apenas 13 anos, conseguiu criar um moinho de vento e amenizar os efeitos da seca e da fome na região do Malawi, na África.
A descoberta de William, hoje com 32 anos e formado em engenharia ambiental pela Universidade de Dartmouth, tornou-se mundialmente conhecida ao ser publicada no livro “O menino que descobriu o vento” (a obra serviu de inspiração para um filme de mesmo nome produzido pela Netflix). Em novembro, ele contará os detalhes de sua trajetória no palco principal da HSM Expo 2019.
“Comecei a colecionar sucata de metal como peças antigas de bicicletas e tratores. Eu consegui construir um moinho próprio para a minha comunidade, que alimentava quatro lâmpadas e bombeava água para irrigação”, relembrou William, em uma entrevista concedida ao HuffPost US.
Ao apresentar uma solução inovadora para um ambiente marcado pela escassez, William mostra como a busca por conhecimento pode mudar a vida de uma comunidade inteira. A partir de uma jornada de iniciada em uma pequena biblioteca local, ele começou a coletar as informações que mais tarde dariam origem a um engenhoso sistema de energia eólica. Mais uma prova de que a inovação pode – e costuma – acontecer nas condições mais adversas.