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O aprendizado como recarga para alma

por:

Caroline Verre

Caroline Verre

Por Carol Olinda

A ATD é a maior conferência de T&D do mundo e reúne quase 10 mil pessoas, de diferentes nacionalidades, durante quatro dias, para discutir o que há de mais moderno em educação corporativa, tendências e caminhos para vencer os desafios em aprendizagem e desenvolvimento organizacional.

Este ano o evento acontece ao som do jazz e traz como mote “recarregue a sua alma”( Recharge Your Soul) e o primeiro dia foi uma verdadeira recarga, cuja energia adveio do aprendizado e de uma intensa troca de perspectivas.

Perspectiva 1: Sucesso e Felicidade no Trabalham andam juntos

Michael Stainer, autor do livro “Como trabalhar com (praticamente) qualquer pessoa e que conduziu a palestra homônima, defende que as nossas relações do trabalham podem afetar nosso desempenho e felicidade.

Logo, buscar se relacionar bem com qualquer pessoa, é um desafio a ser vencido.

Stainer não propôs nenhuma magia empática, mas sim um olhar de realidade, de que não necessariamente teremos ótimos relacionamentos, mas podemos ter o MELHOR RELACIONAMENTO POSSÍVEL (BEST POSSIBLE RELATION), OU BPR.

O caminho para um MRP / BPR é utilizar a técnica de “conversas-chave”, que são baseadas em 3 aspetos (SAFE VITAL RERARABLE):

SAFE / Segurança – É ir além da segurança psicológica e abraçar a “bravura psicológica”, ou seja, ter a coragem de se expor e de, como defendi no último artigo da HSM Management, encarar o “desconforto produtivo”

Vital – A conversa precisa ser vital e motivadora. Para isso é preciso compreender com profundidade o outro.

Para conduzir uma conversa-chave, Stainer propõe um inventário com 5 perguntas poderosas:

Pergunta 1: Quais são os seus pontos fortes e quando você os utilizou de forma mais eficaz?

Pergunta 2: Qual é o seu estilo de trabalho e o que mantém a sua estabilidade?

Pergunta 3: O que funcionou bem no passado?

Pergunta 4: O que não funcionou no passado?

Pergunta 5: Como reparar o relacionamento e crescer a partir do conflito?

Reparável – você deve ter o comprometimento e a capacidade de reparar o relacionamento quando ele sofrer danos e seguir em frente. Isso requer CORAGEM, habilidade e vontade de se reconectar.

Para tanto, ele traz mais 5 dicas para essa reparação:

  1. Reconheça as questões e emoções não ditas que afetam o seu relacionamento.
  2. Saia da defensiva, mantenha-se aberto e curioso.
  3. Escute ativamente e separe fatos de opiniões.
  4. Diminua as tensões com leveza e bom humor.
  5. Tome iniciativa de reconstruir.

Perspectiva 2: A memória está em todo o lugar

Lauren Waldmann, Learning Cientist e neurocientista, defende que o modo no qual “ensinamos” o outro a aprender está errado, haja vista que precisamos compreender, antes de tudo, como nosso cérebro funciona.

Sua provocação é que todo o profissional que desenha experiências de aprendizagem precisa pensar como um cientista, ou seja, aplicar a ciência – as neurociências – de como nosso cérebro cria, armazena e recupera memórias, a fim de que elas se tornem inesquecíveis.

Na prática, o que faz com que um curso, seja ele síncrono ou assíncrono, seja engajador e interessante? A diferença está em como ele foi projetado, de forma científica ou não.

Alguns pontos relevantes:

– Entenda sobre seu público, afinal, o cérebro constrói novas conexões a partir do que já sabe,

– Use a metacognição, ela é a capacidade de se tornar seu próprio público.

– Nossa memória de trabalho é limitada, precisamos de foco e atenção para aprender.

– Cuidado com a sobrecarga. Traga conteúdos mais curtos e com pausas para a recuperação da atenção.

– Guie a atenção das pessoas de forma intencional.

– Nosso cérebro adora surpresas! Surpreenda seu público.

– Use o bom humor e a diversão.

– Gere curiosidade.

– Diversifique os recursos (sons, imagens, cores, atividades), porém nunca ao mesmo tempo para evitar a sobrecarga.

– Gerencie a energia!

Perspectiva 3: Entender de Negócios é que que Fortalece a marca da Aprendizagem Corporativa

Quem nunca se viu com iniciativas incríveis em T&D que simplesmente não tiveram continuidade por falta de apoio do C-Level?

Para ir além da discussão se treinamento é custo ou investimento, Jane McNair, CEO da Mosaic Change, apresentou 5 Fatores que prejudicam uma marca forte para o T&D e 3 Princípios que aprimoram a marca.

5 Fatores que levam T&D a terem uma marca prejudicada

  1. Vendemos soluções que as pessoas não precisam.
  2. Resolvemos problemas errados, com programas que não produzem os resultados esperados.
  3. Nos falta coragem gerencial para falar a verdade ao board.
  4. Excesso de complexidade (damos 30 opções para quem não tem conhecimento e tempo para tomar decisões).
  5. Discutir teoria, com quem está interessado em números / resultados.

3 Princípios para Fortalecer a Marca de T&D

  1. Adotar um mindset genuíno de negócio. Ela defende que uma das maneiras pelas quais perdemos credibilidade, é quando deixamos nosso ego nos impedir de aprender, ou seja, insistimos nos nossos objetivos pessoais como T&D e desconsideramos o negócio.
  2. Identifique a causa-raiz! Olhe o todo e não apenas as partes. Faça perguntas de negócio.
  3. Reduza o atrito de linguagem, pois o excesso de atrito impede a colaboração. Quando adotamos termos muito técnicos ou teóricos, nos distanciamos da realidade do board.

4 Maneiras de Estabelecer uma Marca

  1. Eliminar o atrito de linguagem, tendo clareza de qual mudança / objetivo é esperado pela empresa.
  2. Concentrar-se nos resultados que a Cia espera e não nos nossos objetivos individuais.
  3. Ter um mindset positivo, usando os dados para “aumentar a dor do board” e levando soluções que atendam as necessidades.
  4. Tornar os clientes independentes, ou seja, construir autossuficiência para eles, a fim de ampliar a confiança e abrir espaço para novas entregas de valor.

Principal insight Carol Olinda “O crescimento acontece, quando abrimos mão do ego para dar espaço ao aprendizado”

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