O segundo dia de Now! Week contou com a presença da Diretora de Comunicação, Poliana Abreu, e a gerente de produtos co-branded, Tatiana Magalhães, apresentando o line-up do evento que começou com a participação do coordenador do núcleo de cuidados integrativos do Hospital Sírio Libanês, Plínio Cutait.
“A arte da contemplação: os olhos que veem”, por Plinio Cutait
Mestre de Reiki, músico e responsável pelo Núcleo de Cuidados Integrativos do Hospital Sírio Libanês, Plínio Cutait ministrou cursos e palestras em diversos países da América do Sul, Europa e Estados Unidos.
Em sua apresentação, Cutait propôs o diálogo com a audiência no âmbito pessoal, não no profissional. “Tudo que fazemos na vida está ligado a quem somos. Quando perdemos a consciência de quem somos, nosso fazer fica manco. Da vida profissional à familiar“, afirma.
De acordo com o terapeuta, a vida que levamos é a vida que escolhemos. “Não temos total controle do desenho de nossas vidas, mas fazemos a todo instante escolhas fundamentais que acabam tendo suas consequências. Por isso temos que escolher livre e conscientemente cada coisa. E é aí que entra a capacidade da observação, de contemplar, primordialmente a nós mesmos“.
“Direitos Humanos e Sociedade”, por Oscar Vilhena
Oscar Vilhena Vieira é Diretor da Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas onde leciona nas áreas de Direito Constitucional, Direitos Humanos e Desenvolvimento. Atualmente é colunista do jornal Folha de São Paulo e, na advocacia, tem se concentrado em casos de interesse público.
“Se ter um direito significa ser beneficiário de uma obrigação, quem tem essas obrigações? Cada norma de constituição, cada cláusula de um tratado internacional de direitos humanos, vão estabelecer quem são aqueles que devem cumprir obrigações para que nossos direitos possam ser realizados. A ideia de que só se fala de direitos e nunca de obrigações é falsa. isso porque se pegarmos cada dispositivo legal, facilmente compreendemos quem tem obrigações“, esclarece.
Para Vieira, o grande problema não está nos direitos, mas em garantir que aqueles que têm obrigação em relação aos direitos estão cumprindo sua parte. “Norberto Bobbio, inclusive, dizia que a problemática dos direitos humanos são as promessas não cumpridas. Ou seja, a questão está naquilo que se promete, mas que a sociedade não tem o ímpeto de realizar”, afirma.
“Inspirali apresenta: Aprendendo a prosperar na era da incerteza”, com Stewart Paul Mennin
Criador de programas de liderança e tomada de decisão em cenários complexos, Stewart Paul Mennin recebeu o AMEE Lifetime Achievement Award em educação médica. Nas últimas décadas, atuou como consultor, editor e professor em mais de 100 escolas e instituições de saúde pelo mundo.
Segundo Mennin, para prosperar é necessário se questionar – mais que isso, se ater a questões relevantes. E isso se aplica às profissões médicas, educação, ciência e, claro, na vida. Para auxiliar neste processo, o professor sugere quatro regras básicas na construção desse inquérito:
– Transformar julgamento em curiosidade
– Transformar discordância em uma exploração compartilhada
– Transformar a defensiva em auto-reflexão
– Transformar suposições em questões
“Há uma boa analogia para a questão da tomada de decisões. Se pegarmos a economia de exemplo, você não pode apenas gastar como também não pode apenas economizar. É preciso decidir a verdade de cada hora, se ela é objetiva, normativa, subjetiva, para ver qual ação se encaixa melhor com cada ocasião. Em segundos as situações se transformam, então precisamos nos indagar: nesse instante, o que combina melhor com o cenário em que me encontro? É desta forma que se toma decisões. Sempre existirão dois ou mais lados, cabe a nós tentarmos nos manter no meio e analisar racionalmente a atitude adequada”, finaliza.
“Hábitos que mudam o mundo”, por Charles Duhigg
Autor do best-seller “O poder do Hábito”, Duhigg foi vencedor do Prêmio Pulitzer pela série de reportagens publicada no The New York Times chamada “The iEconomy”, que tratou da influência da Apple na economia global.
O jornalista nos introduz às suas ideias abordando a importância da capacidade de sermos multitask. “No passado, conseguirmos concomitantemente caçar e cultivar foi algo determinante. Atualmente, a capacidade de pensar de maneira profunda, se expondo a mais informações e fazendo uma seleção pessoal dessas referências é a rotina cognitiva daqueles que possuem alguma vantagem na sociedade e, por consequência, sucesso“.
Como conseguimos manter o foco? Segundo Duhigg, há uma expressão na aviação chamada “situational awareness”, que seria o equivalente à capacidade de criarmos modelos mentais para condicionarmos nossas mentes àquilo que importa.
“Realizei uma pesquisa acerca do assunto, com diversos executivos, buscando o denominador comum entre os mais bem sucedidos. Chegamos à conclusão de que o ponto de intersecção entre esses profissionais de destaque é que eles possuíam o hábito de visualizarem o dia deles com mais especificidade que os demais. Isso propicia o foco e evita as distrações”, esclarece.
Qual o segredo para o sucesso das equipes? Para o repórter da The New York Times Magazine, nossa motivação aumenta quando nos sentimos no controle. Através de cases pertencentes às empresas Qantas e Starbucks, Duhigg afirma que a plena autonomia – seja para realizar uma aterrissagem de emergência ou responder à agressividade de um cliente – é o que verdadeiramente motiva um profissional.
Nesta quarta-feira, a partir das 9:00, você pode acompanhar a terceira e última parte do programa Now! Week, que contará com Carlos Aldan, Otavio Celidônio, Paulo Caroli, Peter Diamandis, Efosa Ojomo e Henry Timms. Para acompanhar o evento, basta se cadastrar nesse link.