[vc_row][vc_column][vc_column_text]Um estudo publicado no início de 2016 pelo US Small Business Administration (SBA), órgão governamental norte-americano voltado ao incentivo à pequena empresa, mostrou que o índice de empreendedorismo dos jovens da geração Millennials – que nasceram entre 1982 a 1999 e tornaram-se adultos no milênio seguinte – é menor do que nas gerações anteriores. Em 2014, menos de 2% dos Millennials se dizia autoempregado, em comparação a 7,6% da Geração X e 8,3% dos Baby Boomers.
A pesquisa, conduzida pelo pesquisador da SBA Daniel Wilmoth, explica que essas diferenças refletem principalmente a juventude dos Millennials e o relacionamento positivo entre idade e empreendedorismo entre os mais jovens. O crescimento com a idade na proporção em que cada geração se denomina autoempregado tem sido mais lenta para os Millennials também.
Parece estranho ler sobre isso em um mundo em que pessoas como Mark Zuckerberg e outros Millennials constroem impérios ainda muito jovens, mas os números da pesquisa (leia) demonstram inclusive que o ritmo de entrada dos jovens em novos negócios também é mais lento.
A pesquisa lembra que isso pode ter impactos futuros negativos para a criação de empregos e para a inovação, e não explica exatamente as razões para esse movimento. O que o estudo suscita, porém, é outra pergunta: por que esses jovens que realmente decidem empreender são tão bem-sucedidos?
Para muitos antropólogos e investidores, a explicação é fato de que todos eles têm um propósito. E isso se combina ainda com algumas características da própria geração, que foi criada com a certeza de que poderia ser e fazer o que quisesse.
Os negócios que surgem dessa fórmula realmente são muito diferentes das antigas empresas de cimento e tijolos. Além dos novos arranjos profissionais proporcionados pela tecnologia, como o trabalho à distância e novas formas de colaboração, muitas empresas já trazem em si o propósito de fazer a diferença para o mundo.
Uma matéria interessante do The Huffington Post, publicada em 2014 (leia) elenca oito empresas que impressionavam tanto o consumidor como o investidor.
Entre elas, uma empresa que incentiva pequenos produtores locais e distribui seus produtos, entregando-os em domicílio; outra que empodera artistas e outros participantes da economia criativa e ainda doa parte de seus recursos para uma aceleradora de negócios na Faixa de Gaza; outra que se dispôs a resolver os problemas de saneamento básico nas favelas do Quênia; e por aí vai.
Talvez os novos Millennials não sejam tão empreendedores quanto aparentam em número, mas, em termos de criatividade, com certeza estão deixando sua marca. E se os números mostram que eles ainda têm presença forte no mercado de trabalho convencional, nada melhor do que aproveitar essa energia e essa criatividade em prol do propósito de sua empresa.
Nota do editor: Márcio Fernandes, CEO da empresa de energia Elektro, eleita cinco vezes consecutivas a Melhor Empresa para Trabalhar no Brasil pelas pesquisas Great Place to Work e Você S/A, estará na nova HSM Expo de 7 a 9 de novembro.
Sabia mais: http://ow.ly/cuRM304oB7p
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