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Jornada Executiva ESG, com Raj Sisodia

por:

Caroline Verre

Caroline Verre

Na última quinta-feira, (12/08), o Learning Village recebeu o fundador de um dos movimentos mais proeminentes na busca pela transformação do capitalismo, Raj Sisodia

Raj passou 15 anos na Bentley University como professor de Marketing e Diretor do Center for Marketing Technology, atuando também na consultoria e liderança de programas executivos para empresas como AT&T, Nokia, LG, Kraft Foods, Whole Foods Market, Siemens, Volvo, IBM, Walmart, e McDonalds. 

Membro fundador do movimento Capitalismo Consciente, o Mestre em Política de Mercado e Negócios pela Univesidade de Columbia, é conhecido pela autoria de dez livros, com destaque para “Conscious Capitalism: Liberating the Heroic Spirit of Business” (2014) e “The Healing Organization: Awakening the Conscience of Business to Help Save the World” (2019). 

A masterclass do acadêmico e executivo começou com uma linha cronológica baseada em sua própria história, iniciada na década de 60, apresentando a evolução do capitalismo e as alterações no papel das organizações ao longo dos anos. 

Mas o que é o capitalismo consciente?

De acordo com Raj, nunca foi inspirador para os negócios manter o foco apenas no dinheiro. “Isso é desumanizante”, afirmou. “O mundo corporativo não pode ser como no filme ‘O Poderoso Chefão’, quando alguém é morto e depois se diz: ‘Não é pessoal, é estritamente comercial’.”

Ao pensar que deveria haver uma maneira melhor de se fazer negócios do que apenas sobreviver para correr atrás de dinheiro, ele pesquisou o que acreditava estar errado com o capitalismo. Dias e noites de pesquisa o levaram a descobrir que haviam empresas de sucesso ajudando a alcançar o bem-estar de funcionários, clientes e até comunidades, para além dos lucros. Mas não se enganem, Raj é enfático em não demonizar o lucro. 

“O lucro não é um mau sinal, ele significa que você tem um sistema que gera valor. Ocorre que o propósito dos negócios não deve ser gerar lucro, e sim produzir soluções rentáveis para os problemas das pessoas e do planeta”, provocou.

Ao se dar conta de que os negócios podem ser uma fonte de alegria e trazer bem-estar à força de trabalho, suas famílias, comunidades e clientes, Raj teve o insight de que o capitalismo poderia ser diferente se os negócios fossem centrados nas pessoas. Assim foi dado o primeiro passo em direção ao capitalismo consciente.

“O capitalismo consciente é um ganha-ganha para todos e para isso trabalhamos com quatro pilares que criam um nível totalmente diferente de operação como um negócio. Os quatro pilares respondem a quatro perguntas: “Por quê?”, “O quê?”, “A quem?” e “Como?”, cujas respostas são: propósito, cultura, líderes e stakeholders”, esclareceu.

Em 2005, John Mackey, cofundador e co-CEO da Whole Foods Market, e Michael Strong, fundaram uma organização chamada FLOW para “liberar para sempre o espírito empreendedor”. O Capitalismo Consciente foi um dos programas que surgiram dessa empreitada e logo se tornou o foco principal da organização. Em 2010, o nome foi oficialmente alterado para Conscious Capitalism Incorporated – uma organização sem fins lucrativos com o objetivo de promover a integração da consciência e do capitalismo.

O ESG é um elemento do capitalismo consciente?

A resposta foi dada pelo próprio palestrante: sim. E, contando um pouco sobre a evolução da sua visão de negócios e sociedade enquanto escrevia seus livros, ele chegou ao livro mais recente “The Healing Organization”, lançado em 2019.

Nessa última obra, Raj nos lembra que os negócios permeiam nossas vidas. Mais do que governos, organizações sem fins lucrativos ou instituições religiosas, os negócios são a força dominante na vida contemporânea para melhor e para pior. Nas sociedades livres, a maioria de nossas necessidades é atendida por corporações e pequenas empresas. A maioria das pessoas são empregadas por empresas privadas. 

As formas como essas organizações operam têm um enorme impacto em todos os aspectos de nossas vidas: nosso bem-estar material, nossa saúde física, emocional, mental e espiritual, nossa capacidade de estar presente e funcionar bem como pais, cônjuges, membros da comunidade e cidadãos.

“Estamos em um ponto de inflexão. A era de focar exclusivamente no retorno do acionista não é mais sustentável. A ideia de que é aceitável explorar as pessoas e o planeta e depois compensar com caridade não é mais viável. É hora de transformar o mundo dos negócios e fazer disso amor e cura, em vez de medo e sobrevivência”, afirmou.

Como iniciar a sincronização do movimento ESG e Capitalismo Consciente com a sua carreira?

HSM e Capitalismo Consciente Brasil se uniram para formular o programa Jornada Executiva ESG. Nele, os participantes terão acesso a grandes especialistas e referências em ESG no mercado. Por meio de conceitos e cases, os alunos encontrarão o aporte de reflexões críticas e as melhores práticas para uma liderança significativa, ousada e positivamente impactante para pessoas, organizações e planeta.

São 45 horas de conteúdo em formatos online e presencial com certificado digital, emitido e assinado pela HSM e pelo Instituto Capitalismo Consciente Brasil. Se interessou? Se cadastre nesse link e comece sua jornada agora mesmo!

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