Considerado um dos grandes nomes da gestão contemporânea, Jeffrey Pfeffer, professor de Comportamento Organizacional de Stanford, foi eleito pela HR Magazine como um dos pensadores de RH mais influentes do mundo. E suas teorias não poderiam ser mais compatível com os desafios e os dilemas trazidos pela pandemia que estamos vivendo, sobretudo nos modelos de trabalho.
Em seu último livro, Morrendo Por um Salário – Como as práticas modernas de gerenciamento prejudicam a saúde dos trabalhadores e o desempenho da empresa, ele traz uma profunda análise de como a chamada gig economy pode representar um risco real aos profissionais que se enquadram em regimes de contratação temporários, atuando como freelancers ou autônomos.
De acordo com Pfeffer, a tecnologia trouxe um trade-off crítico de desvalorização dos profissionais ao trazer alternativas que visam facilitar a vida dos cidadãos, como apps focados em entrega de comida ou locomoção, mas precarizar a vida vida do trabalhador.
Isso se deve ao fato de que as empresas, que antes eram responsáveis pelo bem estar de colaboradores, clientes e todo o ecossistema em seu entorno, passaram a se eximir dessa função social. Essa flexibilização da relação de trabalho aumenta o turnover e, por consequência, a sensação de insegurança e ansiedade dos trabalhadores, que temem a demissão a todo instante.
Os tempos que atravessamos atualmente demandam uma atenção especial à essa questão. Pfeffer explica: todas as empresas precisam entender que também estão no ramo da saúde. Transtornos mentais como ansiedade, depressão e estresse tendem a ser impulsionados pelo cenário de quarentena, levando legiões de profissionais a eliminar fronteiras entre trabalho e vida pessoal sem aviso prévio para a transição.
Quais as projeções e perspectivas para o mundo corporativo e os impactos na relações de trabalho? Para responder a essa pergunta, Jeffrey Pfeffer fara uma apresentação especial na HSM Exo 2020, que acontecerá nos dias 9, 10 e 11 de novembro, em São Paulo. .