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GEN T: Como Ser Relevante na Geração de Transição

por:

Caroline Verre

Caroline Verre

Nossa preocupação com o futuro do trabalho e os desafios globais, como mudanças climáticas e transição energética, nos coloca no epicentro de uma transformação significativa

Durante o recente SXSW, uma das palestras mais aguardadas foi conduzida por Amy Webb, reconhecida por seus insights perspicazes sobre o futuro. Desta vez, seu
relatório anual apresentou uma densidade extraordinária, abrangendo 1000 páginas, 695 tendências e 95 cenários estratégicos. Em meio a essas análises, destacou-se a ideia de sermos a “GEN T” – a geração de transição.

Nossa preocupação com o futuro do trabalho e os desafios globais, como mudanças climáticas e transição energética, nos coloca no epicentro de uma transformação
significativa. Contudo, conforme Amy salienta, temos mais controle sobre nosso destino do que imaginamos. Cada geração enfrenta transições, mas as tendências que nos interessam vão além do efêmero; elas moldam nosso futuro de maneira profunda e duradoura.

Refletindo sobre esses pontos e outras discussões do SXSW, destacam-se algumas estratégias essenciais para ser relevante na geração de transição:

1. É a Convergência que Importa: A equipe do Future Institute, especializada em projeções estratégicas sobre inovação, identificou o “superciclo tecnológico”, um salto de inovação baseado não somente em uma, mas em três tecnologias: inteligência artificial (IA) generativa, biotecnologia e ecossistemas de dispositivos conectados. Destaca-se que não é apenas a tendência individual, mas a convergência dessas tecnologias que moldará o futuro. Tomar decisões apoiadas em dados e inteligência será crucial para enfrentar desafios futuros.

2. Não se Trata Apenas da Tecnologia, mas de Como as Pessoas a Utilizam: A discussão sobre a tecnologia não ser intrinsecamente um problema, mas sim sua utilização, ganha um novo matiz. Amy Webb questiona não apenas a tecnologia em si, mas quem a está criando e financiando, considerando o crescente controle que ela exerce sobre nossas vidas. A necessidade de direcionamentos sustentáveis na criação tecnológica é evidente, pois a ambição isolada não é mais suficiente.

3. A Conexão entre Conhecimento e Incerteza: É crucial conectar o que sabemos com o que ainda não sabemos, explorando novas ideias e abordagens para enfrentar desafios emergentes. Diante de processos inéditos na história, as decisões devem ser tomadas com base no conhecimento atual, compreendendo o que ainda está além de nosso domínio. A incerteza é um terreno fértil para o aprendizado, e a proximidade entre dúvida e confirmação é vital.

4. Previsão Estratégica: Desenvolver habilidades de previsão estratégica permite antecipar e se adaptar às mudanças futuras, garantindo resiliência organizacional diante de disrupções imprevistas. O ato de “forecasting” é fundamental para enxergar além dos processos dados, transformando a complexidade em uma vantagem estratégica.

5. Identificação de Necessidades Futuras: O maior desafio na SingularityU Brazil é ensinar as pessoas a olharem para o futuro. Reconhecer que as ações do presente moldam o futuro é crucial, e identificar as áreas que exigirão soluções futuras é fundamental para entender as necessidades que surgirão nos próximos anos.

6. Colaboração na Criação de Valor: Criar valor não é um processo individual. Buscar parceiros e colaboradores que possam co-criar valor, potencializando capacidades e recursos, é essencial. A diversidade de iniciativas e inovações provenientes dessas colaborações torna o processo mais eficaz.

7. Não Precisamos de Heróis: A busca por um salvador é uma abordagem falha. Para Amy Webb, precisamos apenas de um planejamento melhor para o futuro. A sociedade precisa assumir a responsabilidade na construção de limites e no fornecimento de aprendizado, preparando as máquinas para um futuro sustentável.

8. Engajamento para a Criação de um Futuro Ético e de Impacto Positivo: Lutar por um futuro sustentável requer ação coletiva e comprometimento com causas que transcendem o individualismo. À medida que enfrentamos os desafios da evolução tecnológica, é vital que todos os setores da sociedade trabalhem juntos para garantir que o progresso tecnológico seja ético e responsável. O engajamento ativo da comunidade global é fundamental, exigindo colaboração entre governos, empresas, acadêmicos e a sociedade civil para estabelecer diretrizes claras e regulamentações eficazes.

Estamos diante de uma era de mudanças profundas e rápidas, mas também de oportunidades sem precedentes.

Ao adotar uma abordagem consciente e focada no longo prazo, podemos não apenas navegar por essa transição, mas também moldar um futuro que faça sentido. Fica a pergunta para você, leitor: como você e sua organização estão se preparando para lidar com os desafios da Gen T?

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