Esther Duflo e Abhijit Banerjee, economistas do MIT com trabalhos orientados na redução da pobreza, foram anunciados nesta manhã (14) como os vencedores do Nobel de economia. O prêmio foi compartilhado com Michael Kremer, economista da Universidade de Harvard.
Baseado no uso de experimentos de campo em pesquisas de laboratório, o trabalho de Duflo e Banerjee é orientado pelos estudos uma ampla gama de tópicos relacionados à pobreza global, incluindo saúde, educação, agricultura e questões de gênero. A dupla també é cofundadora do Laboratório de Ação contra a Pobreza do Abdul Latif Jameel (J-PAL)
No comunicado oficial, a Academia Real Sueca de Ciências, que concede os prêmios Nobel, observou que o trabalho do trio de economistas “melhorou drasticamente nossa capacidade de combater a pobreza na prática”, citando sua “nova abordagem para obter respostas confiáveis sobre as melhores maneiras de combater a pobreza global”.
Duflo, 46 anos, é a segunda mulher e a pessoa mais jovem a receber o Nobel de ciências econômicas. Ela chamou o trabalho nesta área de esforço coletivo. “Não poderíamos ter criado um movimento sem centenas de pesquisadores e funcionários”, disse.
Banerjee, 58, observou que o trabalho baseado em experimentos em economia do desenvolvimento era uma área pouco explorada de pesquisa há 20 anos, mas cresceu significativamente desde então. Junto com Banerjee, ele situou grande parte de suas próprias pesquisas na África e na Índia.
Os experimentos levaram a descobertas como a relação entre o aumento de taxas de imunização para crianças na Índia rural a incentivos modestos para famílias. A gama de tópicos pesquisados ainda inclui o uso de fertilizantes por agricultores quenianos, treinamentos de médicos na Índia, prevenção do HIV na África, efeitos de programas de empréstimos em pequena escala, e programas bem-estar social na Indonésia.
*texto traduzido e adaptado do MIT News.