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“Consumo consciente não é voto de pobreza”, destaca presidente do Capitalismo Consciente

por:

Caroline Verre

Caroline Verre

O Learning Village amanheceu nesta terça-feira (20/06) fria de São Paulo com uma temática necessária para nossa sobrevivência: a transformação do empreendedorismo e conscientização da produção e consumo. O evento “Cria Mundo ESG”, da HSM, em parceria com a Deloitte e Grupo Europa, tem como propósito destacar a necessidade de dar robustez aos ecossistemas que são criados nas organizações e criar diretrizes para aumentar os impactos socialmente positivos, em detrimento dos negativos.

Com isso, o evento girou em torno da necessidade de tornar as questões de ESG valores para as empresas e aliar isso ao consumo. Por isso, quanto mais estes valores ficarem integrados ao ecossistema que a empresa atua, mais valor ela gera para si mesma e uma maneira de calcular isso é com o conceito de valuation. Ao falar disso, Hugo Bethlem destacou a necessidade de atentar ao que é necessário e não apenas repudiar ações que acontecem no mercado:

“Eu preciso fazer com que as empresas incentivem circularidade, tenham uma troca entre si, seja para revenda, doação ou destino sustentável. Precisamos quebrar estes paradigmas para continuar decidindo conscientemente e não acharmos que um sistema vai parar. Estamos fazendo um convite para as lideranças construírem um futuro melhor para este planeta.”

O mundo de escassez irá aumentar enquanto não atribuirmos um valor nestes impactos ambientais e questões de diversidade. Só há horizontes difíceis para a sociedade com a negligência destes aspectos. Por isso, Denise Hills, conselheira do Fórum Sustentabilidade, fez questão de explicar o que seria o valuation e como ele pode ser socialmente benéfico.

Denise Hills, conselheira do Forum Sustentabilidade, no evento Cria Mundo ESG, no Learning Village
Denise Hills, conselheira do Fórum Sustentabilidade, no evento Cria Mundo ESG, no Learning Village (2023)

A ideia deste tipo de cálculo é medir as ações práticas que as empresas possuem sobre os impactos sociais que causam. Com isso, é possível criar uma cadeia de valor sobre destas ações (positivas ou negativas) em cada uma das organizações. Tendo esta consciência, é possível “escolher os parâmetros do ‘E’ e do ‘S’, para que a governança (o G) se torne algo claro e transparente”.

Além disso, socialmente isso se torna também um índice para as decisões dos consumidores. Isso garante a consciência individual do impacto que cada um causa socialmente. Escolher uma empresa que tem este cuidado é participar da solução para os problemas que a indústria causou nos últimos 300 anos. Como Denise e Hugo ressaltam, cada vez mais precisamos conscientizar nossas ações humanas e fazer isso chegar às questões de governança para garantir o direcionamento correto.

“Precisamos falar constantemente sobre isso porque chegamos ao nosso limite. Os sintomas não são aleatórios e nossa interferência é real. É perceptível pela desigualdade, emissão de C02, temperatura global, nível do mar e até catástrofes naturais. Vamos continuar nos movimentando nesta circularidade e tentar transformar o impacto que geramos, tentando nos transformar em uma sociedade que funcione para mais pessoas do que normalmente acontece. Além disso, devemos ser mais conscientemente regenerativos, porque os recursos não duram para sempre e nós dependemos disso. Não dá para agir mais de forma inconsciente.”, destacou a especialista Denise Hills.

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