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Se um dia, por algum motivo, você precisar sair da empresa onde trabalha, quantas pessoas seriam necessárias para realizar todas suas tarefas?
Há poucas semanas, o empresário Sergio Marchionne, que gerenciou as marcas Ferrari e Fiat, faleceu. Além de legar grandes ensinamentos sobre gestão e liderança, inspirando ainda muitos empreendedores, também deixou de herança muito trabalho para quem ocupou seu lugar.
Foram precisos quatro funcionários para conseguir dar conta de tanto serviço. O grande número de cargos e responsabilidades que Marchionne acumulava afetou diretamente seu estilo de vida, que não era nada saudável. Ele costumava tomar 12 xícaras de café por dia.Com as frequentes mudanças que vêm acontecendo no ambiente empresarial, graças às transformações digitais, esse modelo de liderança de grande concentração de poder em uma só pessoa está saindo de uso.
Os antigos modelos de negócio tinham uma hierarquia muito bem estruturada, por isso a centralização das tarefas e poder se resumia a uma pessoa somente, em geral, o líder. Na contramão do estilo adotado por Marchionne, hoje, várias organizações andam dividindo as responsabilidades e dando oportunidade a outras pessoas, para que também elas tenham o poder de tomar decisão nas empresas.
Mas que benefícios essa mudança pode trazer para o ambiente corporativo e seus líderes? A cultura organizacional que muitas empresas vêm implantando ultimamente visa, acima de tudo, dois aspectos bem importantes: inovação e qualidade de vida.
Os avanços tecnológicos que impactaram o mundo nos últimos anos permitiram que diversos processos fossem simplificados, criando-se um mindset transformacional de se fazer o possível para descentralizar o poder. Sendo assim, ao dividir responsabilidades, nenhum funcionário fica sobrecarregado, o que torna você e sua equipe muito mais produtivos e motivados.
Além disso, esse tipo de comportamento de liderança abre mais portas para a inovação acontecer. Um bom exemplo disso é como Ed Catmull, CEO e cofundador da Pixar, gerencia sua equipe.
Em seu livro Criatividade S.A., em que conta toda sua trajetória e dá detalhes dos processos pelos quais suas ideias passam até se tornarem uma animação de sucesso, Catmull explica a importância de todos na equipe terem o poder de discutir sobre um projeto e apontar o que precisa ser melhorado — fazendo com que nem sempre a última palavra seja do gestor.
Focar as pessoas certas é uma das estratégias-chave do modelo de liderança do criador de Toy Story. É isso que de fato permite que a inovação aconteça; a tecnologia só ajuda a acelerar alguns processos.
Não há dúvida de que todo o esforço e sacrifício que Marchionne fez durante 14 anos valeram a pena, afinal ele tirou a Fiat de um prejuízo de 6 bilhões de euros, entretanto, ao se descentralizar o poder antes concentrado no empresário, já se causou profunda transformação organizacional, que poderá ser a chave para a grande guinada disruptiva pela inovação.
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