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A cara do desemprego nas redes sociais

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lbrito

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Recentemente completei 21 anos de casado e confesso me assustei com o número, “praticamente uma vida”, mas não posso reclamar, na verdade, agradeço por cada um desses anos, foram ótimos.

Estive pensando e acredito que se por algum motivo tivesse que me separar da minha esposa, teria uma certa dificuldade para me reencontrar e buscar um novo relacionamento, pois faz muito tempo que deixei “este mercado”, acho que não tenho mais os skills necessários para tal, o mundo mudou e as habilidades que utilizei para conquistá-la certamente mudaram.

Você pode estar pensando onde quero chegar com essa história, vou explicar.

Hoje não é novidade para ninguém que o Brasil enfrenta uma das mais altas taxas de desemprego, temos aproximadamente 14 milhões de brasileiros desempregados e por se tratar de um número tão alto, considero que estão envolvidas as mais diversas posições hierárquicas, funções e idades, ou seja, desta vez o desemprego não poupou ninguém.

Por conta dessa situação as pessoas estão se movimentando para voltar para o mercado de trabalho e uma das formas que estão encontrando é através da utilização das redes sociais, em especial o LinkedIn.

O exemplo que dei acima quando mencionei o meu casamento foi para ressaltar o “gap” que existe entre essas pessoas e o LinkedIn.

Vejo pessoas que estiveram empregadas por 10, 15, 20 anos ou mais, e hoje estão em busca de uma recolocação profissional e não sabem bem como se comportar online, ou seja, estão “enferrujadas”, pois passaram muito tempo sem praticar o “networking social”.

Não estou aqui julgando ninguém, pois isso pode ter ocorrido por diversos fatores, seja por conta dos afazeres do dia a dia, prioridades ou até mesmo pelo comodismo, porém o fato que elas estão perdidas na maior rede social profissional do planeta.

Provavelmente quando essas pessoas fizeram seu cadastro no LinkedIn, essa ferramenta era apenas uma vitrine de “Curriculum Vitae”, as pessoas apenas preenchiam o seu perfil e esperavam para ver o que ia acontecer.

Isso mudou radicalmente, hoje ela se tornou de fato em uma poderosa rede social e como tal existem algumas “regras” que devem ser observadas.

Recebo quase que diariamente mensagens de pessoas se oferecendo para trabalhar, enviando seus CVs, solicitando análise de perfis, etc.

É praticamente impossível atender toda essa demanda, então tento ajudar como posso. Em alguns casos respondo as mensagens, em outros falo por Skype/telefone, mas na maioria das vezes ajudo-as através de posts contendo algumas dicas, segue um exemplo abaixo:

“Algumas dicas que podem ajudar a sua recolocação profissional:

1- Defina a função que deseja desempenhar;

2- Escolha a região onde está disposto a trabalhar;

3- Verifique quais empresas dentro do seu segmento existem na região previamente determinada;

4- Faça uma pesquisa no LinkedIn e verifique quais das suas conexões trabalham nas empresas alvo;

5- Pergunte a eles se existe alguma posição em aberto ou algum projeto dentro da sua área de atuação;

6- Convide para um café – não tenha medo;

7- Descubra quem é o responsável pela posição/projeto ou departamento e peça a seu amigo(a) para lhe apresentar;

8- Convide essa pessoa para fazer parte da sua rede de amigos no LinkedIn – não tenha medo;

9- Pesquise sobre a empresa no Google e entenda sua cultura;

10 – Convide para um café (informal) e/ou permissão para enviar seu CV – não tenha medo.

Não existe fórmula pronta, os pontos elencados acima são apenas sugestões.

Pense em um modelo que faça sentido para você, a única coisa que não dá para fazer é ficar parado(a).

A palavra de ordem é: Networking

Está com medo? Vai com medo mesmo!

Seja atuante! Movimente-se!

Torço por você!”

São posts simples como este acima que que acabam ajudando as pessoas a se situarem e darem os primeiros passos no mundo digital, pois um convite mal feito, uma mensagem mal redigida ou um post mal escrito, podem atrapalhar em muito uma eventual recolocação.

Vejo que muitas pessoas estão tendo que sair da zona de conforto e estão reaprendendo a se conectar com pessoas que até então estavam fora do seu círculo de amigos, que se resumiam em: família, colegas de empresa, clientes e fornecedores, ou seja, para descobrir novas oportunidades estão desenvolvendo novos “skills”.

Tirando de lado o fator desemprego, vejo tudo isso com bons olhos, pois depois que passar essa fase (há de passar), as pessoas estarão mais prep aradas e teremos uma rede social mais madura.

 Sobre o autor: Alexandre Silva 

Administrador focado em ajudar empresas a se tornarem cada vez mais competitivas no mercado. Pós-graduado em Administração de Empresas pela FGV, com forte experiência em Gestão Empresarial. Escritor, empreendedor e Linkedin heavy user. Atualmente desempenha a função de diretor de novos negócios na Silbec Corretora de Seguros e no escritório Silva & Ferreira Gestão Empresarial.

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