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Meu trabalho é, essencialmente, lidar com o aprendizado o tempo todo. Na HSM, o ambiente cheira a conhecimento a todo momento e estar de frente com grandes pensadores e estudiosos sobre os mais diversos assuntos ligados à gestão de pessoas e empresas é algo comum. Comum, nesse caso, significa recorrente, e não menos extraordinário. Sempre aprendo, mesmo quando já ouvi a mesma palestra repetidas vezes. A cada novo momento, um novo significado é dado ao que ouço. É inevitável: sempre terei o que aprender com Tom Peters, por exemplo, mesmo que seja a centésima vez que o vejo em palco.
No último dia da HSM Expo, tive contato com alguns palestrantes que são destaques em suas áreas. Como disse, o foco no conhecimento é presente no meu dia a dia e poderia parecer algo burocrático ou sem emoção estar perto dessas pessoas como se fosse algo que, com o tempo, “perde a graça”. Jamais!
Fiz um resumo de tudo o que aprendi e que me ajudará a ser mais completo e ter novos insights para resolver problemas:
#1 O líder é como um diretor de cinema: essa afirmação foi feita na abertura do dia por ninguém menos que Tom Peters. Seu jeito simpático e descomplicado de enxergar a gestão de pessoas quase chega a incomodar. Afinal, se é tão simples ser líder, por que precisamos ouvir e ouvir e ouvir essas ideias tão “simples”? Ele próprio diz não se conformar em pegar um avião por tantas horas para falar a um público tão grande que um líder precisa saber ouvir, precisa abrir espaço no set para que seus atores possam atuar, ter uma cultura de gentileza ou que treinar não é gasto, mas sim investimento. Precisamos ouvir porque a simplicidade exige também muita humildade para que seja entendida em sua essência.
#2 Engatinhar antes de sair correndo: Oliver Stone, o renomado cineasta, deixou uma mensagem importante que eu considero essencial em um cenário em que queremos respostas rápidas e soluções instantâneas. Saber das limitações pelo caminho e que existe um processo de aprendizagem a ser percorrido é o primeiro passo para poder ficar de pé e evitar tropeços nas mesmas pedras.
#3 Lute pelo seu direito de ser romântico: Pode ser que a dúvida sobre um dia as máquinas serem capazes de pensar seja menos incômoda do que a provocação levantada durante a palestra de Tim Leberecht: será que nós, seres humanos, seremos capazes de continuar sentindo? A ideia de perfeição, erro zero, métricas, análises, maximização, otimização e “numericismos” dá a impressão de que viramos máquinas inteligentes, mas que têm perdido a emoção. O expert em marketing levanta a bandeira do romantismo nos negócios como forma de diferenciação e inovação. Um discurso inspirador para românticos e até para muitos céticos.
#4 Um carro novo de novo e de novo: Já imaginou se a cada duas semanas você precisasse criar um produto novo vencedor? É isso o que acontece na Fórmula 1, e o diretor técnico da McLaren, Eric Boullier, contou como é possível vencer tantos desafios oferecidos no automobilismo. Ter parcerias e foco direto em resolução de problemas e inovação é a chave. Afinal, reconstruir um carro novo a cada duas semanas só é possível quando existe um processo muito funcional e assertivo.
#5 O mundo em que vivemos é resultado de atitudes de pessoas corajosas: Flávio Augusto, fundador da WiseUp e um dos maiores empreendedores do país não tem dúvida disso. Visão, coragem e competência são os ingredientes básicos para trazer recompensas que quase todos nós buscamos em nossa vida profissional: recompensa financeira, realização e liberdade. E de coragem ele entende, afinal, fundou uma rede de escolas de inglês sem nem saber falar o idioma, mas, mesmo com um cenário tão desfavorável no país para o desenvolvimento de um empreendimento, Flávio Augusto mostrou que sua história é inspiradora e que as recompensas do sucesso são o que motivam tantas pessoas a encararem esse desafio.
#6 Toda crise passa: Ricardo Amorim mostrou que o otimismo é uma questão de análise e histórico! Gráficos, números e projeções inspiraram e deixaram grande parte da plateia aliviada e, claro, ansiosa por dias melhores na nossa economia.
#7 O crescimento não ético é passageiro: a máxima de que pessoas honestas têm amigos e as desonestas têm cúmplices também funciona para exemplificar o que a falta de ética pode fazer com empresas. O historiador Leandro Karnal divertiu e mostrou com quantos valores se faz uma empresa ética. Para os negócios, decidir ser ético passou a ser indispensável para a competitividade. As pessoas rejeitam àquelas que agem de forma ruim com pessoas, meio ambiente e demais stakeholders.
#8 Estratégia como uma escolha e não como algo planejado: se sua estratégia tem mais de cinco páginas, é possível que você tenha um problema aí! Roger Martin simplifica e mostra que a estratégia pode ser descomplicada quando você entende que analisar o passado é importante, mas que ficar preso a ele pode limitar. Uma estratégia é a resposta a cinco perguntas com respostas conectadas: “A que eu aspiro? ”, “Onde quero jogar? ”, “Como vou jogar? ”, “Que capacidade tenho?” e ”De que sistemas de gerenciamento preciso? ”.
Já estou na expectativa da HSM Expo 2017 para ver o conhecimento em ebulição e poder continuar respirando aprendizagem com grandes mestres e pessoas inspiradoras. Nomes como Ram Charan, Adam Grant, Joanna Barsh, Chip Conley e Michael Phelps já estão confirmados e não tenho dúvidas de que será mais um grande evento. Obrigado a todos que fizeram a HSM Expo 2016 ser mais um marco na nossa história. Espero você em 2017 para continuarmos junto nossa trajetória rumo ao futuro que ferve.
Autor: Guilherme Soarez, CEO HSM Educação Executiva.
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