Neste ano teremos o primeiro laboratório de trocas entre o mundo da gestão e os desafios que a maior liga de surfe do planeta tem nos dias de hoje. Se trata do WSL Academy, evento criado pela HSM, em parceria com a World Surf League (WSL), que acontecerá no dia 22 de junho. A praia de Itaúna, em Saquarema (RJ), será o palco principal para a torrente imersão de palestras, workshops e aulas sobre as principais tendências do mundo atual.

Mas o que o surfe, um esporte radical e de uma cultura tão diferente, tem a ver com o mundo corporativo?

Vamos tomar um tempo e digerir este vínculo tão poderoso e que pode ser benéfico.

O surfe é precioso em seu ápice. São segundos ali que o auge acontece: da adrenalina ao conseguir pegar uma onda e todo o trabalho, com muito empenho, que se traduz em segundos de equilíbrio, determinação e habilidade. Estes pequenos instantes trazem vivacidade para alma e há muito mais do que o trabalho visível – e esperado – por todos.

Surfe se trata de desbravar o desconhecido e maravilhoso terreno que é o mar. O surfista precisa enxergar seus limites, fazendo leituras do comportamento das águas e ter cadência na observação do espaço em que está. Um bom atleta de surfe precisa ter entendimento das ondas e ainda se conhecer o bastante para enxergar onde conquistará seu êxito.

Cada braçada é uma projeção. Cada suspiro uma leitura. Cada mergulho, ao passar por uma onda e chegar até a arrebentação, é um novo horizonte que precisa de paciência, inteligência e habilidades rápidas para não perder o timing de toda a situação. Cada mergulho e saída da água é mais uma percepção e necessidade de compreensão das próximas tomadas de decisão.

Um tanto quanto parecido com o mundo dos negócios: o futuro é tão desconhecido quanto o mar e, tentar ingressar em um mercado, ao mesmo tempo que precisa ter êxito, exige leituras da sociedade, dos instrumentos e do que é necessário para que consiga triunfar.

Cada inovação é um horizonte distinto. Cada dia precisa de uma percepção e aprendizado novo. Cada ano um suspiro maior que cria energia para os próximos passos e tomadas de decisões claras.

Essa reflexão surgiu a partir de uma entrevista com Milton Oyas, que é surfista, empreendedor e consultor da HSM. A aproximação de mundos distintos, para Oyas, é algo natural.

Além disso, o papo foi tão produtivo que trouxemos os quatro principais aprendizados que este esporte pode trazer para o mundo corporativo:

1- Disposição e preparação

É fundamental que estejamos dispostos e com energia para a empreitada: desde os esportes até os negócios. É necessário ter um preparo físico, para que sua saúde dê conta da jornada, e principalmente mental, para garantir sustentabilidade e melhores tomadas de decisão.

Nossos esforços rendem muito mais se estamos em boa forma. O mundo dos negócios está entendendo isso hoje e cada vez mais a preocupação com a cura e cuidado do corpo tem sido tema, como surgiu no SXSW e no Web Summit 2023.

2- Organização da rotina

No mundo corporativo, se não planejarmos nosso dia, corremos o risco de perder horas e horas nos organizando. Este trabalho já poderia ter sido feito, mas há este contratempo, o que diminui nosso ânimo para os próximos passos.

O surfista, antes de sair de casa, precisa saber qual praia dará onda. Afinal, andar de praia em praia e ficar migrando por algumas horas já é um dia quase perdido. Entrar no mar é uma permissão, mas é também organização.

3- Resistência e persistência

Alcançar a arrebentação não é uma tarefa fácil. É necessária muita paciência para passar todas as ondas que quebram e saber onde parar. Existe um lugar limite para que você possa aproveitar a melhor oportunidade de pegar uma boa onda.

Na vida profissional isso se mantém. Diversas situações e desafios vão aparecer na nossa vida, mas é preciso muita resiliência e encontrar o local certo, para continuar o trabalho e se tornar recompensador.

4- Flexibilidade e manobras

As oportunidades aparecem e precisamos estar atentos aos momentos certos, com extremo preparo para pegar a melhor onda. Além disso, precisamos nos adaptar, ter agilidade, repertório e criar um entendimento do que de melhor podemos fazer naquela situação.

Inovar e entregar resultados exige saber os momentos para tomar novas posições. Ter essa habilidade de fazer manobras vem de uma construção de repertório, preparo e análise, o qual o empreendedor precisa estar ciente para dar o próximo passo.

Não se esqueça e corra para a 1ª Edição do WSL Academy. Serão 12 horas de uma imersão direta nos bastidores, com o CEO, Presidente LATAM e CPO do WSL, com papos sobre estratégias, modelos de negócios, desafios, tour no backstage, happy hour e até momentos de networking.

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