O maior desafio hoje é lidar com o desejo de maior eficiência e produtividade, enquanto a inovação continua efervescendo o mercado e borbulhando essa competição econômica global. Lidar com a instabilidade e a mudança exige um equilíbrio entre rigidez e fluidez.
É preciso ter disciplina para que isso mude. Por isso, é importante que um conselho seja claro quanto aos seus objetivos e que saiba se expressar mediante aos resultados, ao mesmo tempo que consiga dialogar. Isso exige uma complementariedade e uma união para um objetivo central, sem uma disputa entre diferentes partes.
Existe um tempo para isso.
Há uma necessidade de coordenar ações efetivas, que impliquem em processos de motivação. Do conselho até o RH, que estabelecerá diferentes processos com todos os colaboradores das organizações. Mas não só, o financeiro também precisa estar de acordo, pois o alinhamento de bônus é a melhor forma de motivação, como indicou a especialista Carol Strobel, em sua apresentação no terceiro dia de Digital on Board, no Learning Village.
“Todo mundo é humano e precisamos saber jogar o jogo. As coisas não sairão do lugar simplesmente por desejo de todos coordenados. Precisa bonificar para não perder o momento”, continuou a especialista.
É neste momento que a capacidade do que pode ser feito precisa ser estudada. É necessário um mapeamento interno, com as ambições e contextos externos. O trabalho pode ser exaustivo, masmuda a cultura de uma organização.
Mas afinal, a experimentação é parte da cultura de sua organização?
Talvez esta seja a maior barreira para uma organização que esteja presenciando os processos de transformação digital em todo o mundo, e que não se enxerga presente neles. É um grande paradoxo querer crescer neste momento e continuar mantendo o movimento contínuo sem a presença destas novas tecnologias.
Nem sempre este processo é necessariamente de desespero ou sofrimento. Não se trata disso. Se trata em entender que problemas existirão e erros precisam se tornar aprendizados. A inovação precisa ser parte de uma estrutura, e que coloque isso dentro do processo de trabalho.
Garantir adaptabilidade é algo estratégico. Além disso, precisa existir aprendizado e constantes análises de dados, para criar uma visão do todo, tentando chegar ao plano de ação e, claro, entender se isso é possível.
Todos devem estar em consonância com esta questão, permitindo que o criativo se torne um potencial pivô para que isso aconteça na operação. Diferente das organizações antigas, é necessário trazer algo mais orgânico, flexível e que permita liberdade.
“Gerenciar sistemas é essencial e estabelecer essa cultura que valoriza a perspectiva multidisciplinar, o todo, a criatividade, além da eficiência, é algo que precisa de um cuidado e olhar atento”, indica Lilian Cruz, especialista da Ambidestra, ao falar das exigências de ações e habilidades neste novo tipo de governança, ao lado de sua parceira Andrea Dietrich.
E é exatamente neste ponto em que um líder, em um conselho, precisa atuar. Nutrindo este ambiente e as pessoas para que seus processos ocorram. Além de compreender a capacidade de atuação, é necessário ter conexão entre os trabalhadores e atue de maneira prospectiva, angariando este conhecimento de dentro da empresa. Só assim a estratégia pode ser montada.
Exemplos de estratégias benéficas
O Venture Capital é o que mais atrai hoje. Há quase 10 anos, é o fundo que mais atrai ativos. Este modelo de estratégia implica possibilidades de erro, mas permite várias ações para construção e melhora de uma organização.
Quando há um conjunto de valores e habilidades definidos para este tipo de lógica, é possível implementar ações que consigam ter um conhecimento maior de perspectivas globais e processos de inovação podem ser absorvidos nesta prospecção que o Corporate Venture Capital permite.
Outro ponto crucial é a agenda ESG. Essa estratégia ainda tem complicações pois imputa diretrizes que vão contra certos processos industriais de produção, como o cuidado com o impacto social, sustentabilidade e relação ambiental.
Com estas categorias presentes nos direcionamentos dados, a necessidade de implantar continuamente precisa existir um propósito estratégico de sustentar a agenda ESG e dar aos processos criatividade para driblar impactos negativos em nosso planeta.
Além disso, uma cultura de risco implica também em parcerias de recolocação de trabalho. O contexto cultural contemporâneo implica uma gama de transformações por Inteligência Artificial e novas tecnologias que estão mudando nossa experiência.
Nesse sentido, é necessário requalificar o colaborador e o talento. Uma cultura de educação coloca o risco no seu cotidiano, principalmente por atuar com uma questão de confiança e tempo com este indivíduo. Mas é crucial para entender que a singularidade e preciosidade de um colaborador está além de uma instrumentalização.
Para isso, é necessário um trabalho coletivo e quem é responsável por promover cultura e desenvolvimento humano em todas as esferas da organização são as diretrizes que uma organização tem.