A economia do propósito é o tema central do trabalho do consultor americano Aaron Hurst. Autor do livro “The Purpose Economy”, Hurst prevê um cenário no qual a economia evoluirá para um modelo de criação de propósito – e não mais pela obtenção de lucro. Tal mudança vem fazendo da inovação social um grande negócio, incentivando empresas de diversos setores a criarem soluções que melhorem a vida das pessoas.
Os efeitos da economia do propósito também podem ser observados no ambiente corporativo. A nova geração de profissionais vem buscando trabalhos relacionados a valores pessoais e ao bem-estar coletivo. Na visão de Hurst, a adoção desse mindset será decisiva para o sucesso de uma corporação nos próximos anos.
Alguns estudos corroboram o cenário previsto pelo autor. É o caso da pesquisa Crenças e Cultura da Deloitte, que aponta a relação entre propósito e atração de investimentos em novos negócios.
Segundo o estudo, 91% dos executivos entrevistados afirmaram que o senso de propósito influencia diretamente no desempenho financeiro da organização. Nesse sentido, o propósito se tornou um requisito essencial para atrair e reter talentos. A construção de relacionamentos positivos, o desenvolvimento de projetos de impacto social e os ambientes que incentivam o desenvolvimento pessoal estão entre as características mais valorizadas por esse novo perfil de profissional.
Hurst ainda complementa que “todas as mudanças que estamos tentando implantar no local de trabalho, como as coisas que o Google está fazendo, acontecem porque há uma nova geração de profissionais que está exigindo trabalhar com um propósito”. Ele deixa um alerta: quem não entender o impacto desse movimento irá ficar para trás, assim como aconteceu com muitas organizações que não souberam aproveitar a curva das tecnologias exponenciais.