Entre altos e baixos no mercado financeiro, as criptomoedas vêm se tornando mais acessíveis para empresas e consumidores. A popularização, no entanto, pode colocar em xeque um setor que ainda passa desapercebido por boa parte dos analistas de tecnologia: o de energia.
A geração de moedas virtuais demanda um alto consumo de energia elétrica. O alto consumo tem como origem a operação dos mineradores, como são chamados os usuários que fazem o garimpo virtual das moedas (o processo é feito a partir de redes computadores com processadores extremamente potentes).
Segundo dados coletados pelo Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index (CBECI), ferramenta que mede em tempo real a quantidade de energia necessária para gerar um bitcoin é de seis gigawatts. Em um ano, esse valor pode chegar a 64 TWh.
De acordo com um relatório feito pela Agência Internacional de Energia, o consumo de energia pela rede de criptomoedas continuará aumentando. O impacto ambiental é preocupante: a organização estima que a mineração será responsável pela emissão indireta de cerca de 20 milhões de toneladas de CO2 até 2025.
O cenário é ainda mais preocupante em relação à China. Apontada como uma das maiores fontes de mineração, o país tem uma economia fortemente baseada no uso combustíveis fósseis, aumentando ainda mais a emissão de dióxido de carbono.