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Visões do Futuro: Máquinas e Sêniores

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Dando continuidade a nossa série sobre visões do futuro, em que buscamos debater as tendências de mercado e liderança dos próximos anos, o assunto de hoje é mais tecnológico. Se você perdeu a primeira parte sobre liderança com propósito, pode ler aqui.

Nos tempos atuais, com as tecnologias ágeis e a inteligência artificial conquistando cada vez mais espaço no mercado de trabalho, fica difícil falar de futuro sem citar o receio que a maioria das pessoas tem de ver seu ofício ser substituído por uma máquina.

E precisamos ser sinceros: essa é uma realidade não muito difícil de acontecer. Entretanto, não é preciso temer o futuro, mas sim se adaptar às transformações que ele causará.

MÁQUINA VERSUS INTELECTO

Toda inovação acontece de uma necessidade humana e serve para facilitar processos. Desde a criação da roda, ao longo dos séculos, muitas profissões que exigiam grande esforço físico perderam espaço para as máquinas.

Paralelamente à disrupção provocada na sociedade por esse processo de substituição de mão de obra por máquinas, outras profissões surgiram para suprir as novas demandas de mercado e obrigaram muitos a se especializar nessas novas áreas.

Em consequência disso, hoje vemos uma gama de colaboradores com habilidades em várias áreas e isso é o grande diferencial do profissional do futuro: o intelecto.

A inteligência artificial pode ter avançado muito, porém ela ainda não consegue substituir o cérebro humano. As máquinas até agregam ao ambiente corporativo, mas cogitar que as pessoas serão substituídas por elas é um equívoco.

LONGEVIDADE NO TRABALHO

Você espera viver por quantos anos? Pesquisas têm apontado que a expectativa de vida da população tende a aumentar mais nos próximos anos. Nossos avôs chegaram a viver muito mais do que imaginavam na época em que nasceram. Nossos pais também, que poderão chegar tranquilamente aos 80 anos, lúcidos e com saúde.

É claro que tecnologia e ciência puderam contribuir bastante para melhorar o estilo de vida das pessoas, afetando diretamente a expectativa das últimas gerações. Esse processo só tende a continuar.

Além disso, o preconceito etário vai ficar no passado. Sérgio Serapião, líder do movimento LAB 60+, acredita que nas próximas décadas os líderes mais preparados para enfrentar os desafios corporativos serão os profissionais seniores.

Devido à experiência adquirida por tantos anos de carreira e pela oportunidade de terem passado por várias transformações digitais, colaboradores na faixa etária mais elevada dominarão o mercado.

Já existem plataformas e novos modelos de negócio voltados para pessoas acima dos 70 anos, que se sentem realizadas ao serem úteis e poderem compartilhar suas experiências, ao mesmo tempo em que aprendem novas habilidades com os jovens.

CARREIRAS CURTAS

Todas essas transformações também estão mudando o mindset anterior: de construir uma carreira de 20 anos numa mesma empresa. Hoje os jovens profissionais não esperam ficar mais de cinco anos numa mesma organização. A nova geração de profissionais pretende construir várias carreiras curtas.

Esse novo mindset também é reflexo de um mundo em constante mudança, que torna a maioria dos profissionais inquietos e com certa sede de querer sempre mais: mais conhecimento e novas experiências.

O que cabe às organizações é acompanhar as reviravoltas do mercado e criar um ambiente inovador que cative seu colaborador e o faça perceber que ainda vale a pena fazer parte delas.

Área de Conteúdo HSM.

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